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terça-feira, 2 de outubro de 2012

O Papel da Escola no Incentivo à Leitura


Arquivo Fotos: Oséias Sallazar e Lusmar Araujo
Cristiane Rogerio e Marina Vidigal
Imagine uma escola em que as crianças topam com um livro a toda a hora. Quando querem procurar algo para fazer, lá estão os exemplares, disponíveis. Se é hora de procurar informações, também estão eles lá, como opções. Para incentivar a escrita, contar histórias, eles são as estrelas. E aqui, estamos falando de literatura: uma história que faça o leitor viajar, encontrar com medos, ver suas dúvidas, dar muita risada, descobrir o mundo. E treinar muito, claro, sua capacidade de leitura, de entendimento, de prazer com o livro.

Crianças que convivem em ambientes de leitores e para as quais adultos lêem com freqüência, interessam-se mais pela leitura e desenvolvem-se com maior facilidade nesta área. CRESCER conversou com educadores, pedagogos, críticos de literatura infantil e especialistas em programas de incentivo à leitura e listou aqui o que pode fazer uma escola ser realmente parceira nesta bela empreitada.

Leitura Diária
 

Em muitas escolas é comum a leitura diária de história, desde o primeiro ano de vida da criança. “Lendo, discutindo trechos da história e chamando a atenção para as ilustrações, favorecemos aspectos fundamentais da leitura, como compreensão de texto, seqüência narrativa, personagens e espaço”, diz Maria de Remédios Ferreira Cardoso, vice-diretora da Educação Infantil da Escola Móbile (São Paulo, SP). Mesmo as crianças já alfabetizadas devem ser expostas a leituras, que, neste caso podem ser compartilhadas em classe e acompanhadas de discussão do texto, dos elementos que o compõem e de análise do enredo.

Oportunidade de Manuseio de Livros
 
Para que as crianças adquiram intimidade com os livros, é importante terem oportunidades de tocá-los, sem a intervenção de adultos. Fica tudo no ritmo da criança.

Acervos Diversificados
 
 Os livros devem ser diferentes, adequados à idade dos alunos, constantemente atualizados e bem conservados. As visitas à biblioteca devem fazer parte da rotina das crianças e, no local, é importante haver um profissional capaz de orientar os alunos e estimular a leitura de obras adequadas.

Os Livros deles
Para as crianças, a possibilidade de levarem para a escola seus livros preferidos é um grande estímulo. Muitas escolas incentivam a prática, lendo em sala os livros dos alunos. Isso fará com que eles com compartilhem com os amigos e, quem sabem, emprestem um para o outro.

Pais como Parceiros

As escolas devem chamar os pais como aliados no estímulo à leitura. Podem ser indicações em conversas, via internet ou em reuniões. Ou colocar livros à disposição na escola e convidar os pais a conhecer o acervo.

Visita de Atores 
Encontros com autores são positivos para as crianças adquirirem maior intimidade com seus livros, histórias e personagens e perceberem que criar histórias é inclusive uma profissão. Mas a escolha precisa ser bem cuidada: de preferência, a escolha deve partir – ou pelo menos ser muito bem aprovada – pelas crianças. Nada de fazer as crianças conhecerem o autor indicado somente porque ele vai lá. O bacana é oferecer, ver o que agrada e contatar as editoras.

Professores Leitores e Atualizados



Para atuar na formação de novos leitores, ninguém melhor do que professores leitores., nem a contratação de um professor deve ser efetivada caso ele não se revele um leitor ativo. “O trabalho feito por professores não leitores pode prejudicar o vínculo da criança com o livro, pois quem não garimpa livros antes da indicação e da adoção, nem sempre vai escolher títulos realmente capazes de sensibilizar os alunos”, diz Sueli Cagneti, professora de Literatura Infantil e Juvenil da Universidade da Região de Joinville (SC). Elizabeth Serra, pedagoga e Secretária Geral da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, concorda e acredita que a escola deve promover grupos de leitura entre professores, como parte de um projeto de formação continuada.

Leituras Obrigatórias
 
As leituras obrigatórias parecem ser um recurso inevitável, já que as crianças precisam vivenciar determinadas experiências literárias ao longo da vida escolar. A escola deve procurar, no entanto, fazer dessas leituras algo prazeroso para a criança. A leitura obrigatória pode ser um bom instrumento pedagógico, permitindo que as crianças apresentem seus pontos de vista, diferentes interpretações e opiniões. “Na escola Grão de Chão, utilizamos, por exemplo, uma ficha de avaliação em que a criança diz se adorou, gostou ou não gostou da leitura. Com isso, ela aprende que um texto chato para um, pode ser divertido aos olhos de outro”, afirma Paula Ruggiero, Coordenadora Pedagógica da escola.
Quando for hora de apresentar os clássicos da literatura brasileira e mundial, o empenho em “conquistar” este novo leitor deve continuar.
 
“Por apresentarem uma linguagem elaborada e tratarem de assuntos por vezes complexos, os clássicos precisam ser mais trabalhados em sala, fazendo trocas de opinião, predição sobre acontecimentos, explicações paralelas sobre fatores históricos, maneiras de pensar da época, por exemplo”, afirma, Maria Cecilia Materon Botelho, diretora pedagógica da SEE-SAW/Panamby Bilingual School.

Nada de Mensagens Obrigatórias



Livro não tem uma única interpretação, uma mensagem absoluta, muito menos obrigatória de a criança encontrar, ler nas entrelinhas. “Mais do que apreender o conteúdo de uma história, um poema ou uma ilustração, a criança deve se apropriar das estratégias de aproximação com os textos e com a literatura”, diz Peter O’ Sagae, leitor crítico e editor do site Dobras da Leitura.
 

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Reista/Crescer/O..EM15368-10536.00.html


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Leitura - O Livro dos Livros

Por Galeno Amorim


Uma é Maria das Graças, outra é Maria Augusta e outra, ainda, é Joanice. Elas frequentam a mesma igreja, todas estão com os filhos criados e, como a maioria das mulheres que conhecem, levam uma vidinha simples na periferia da cidade grande. Em comum também há o fato de todas elas só agora, com a idade avançando, terem, pela primeira vez, um contato de perto com as letras e os cadernos. E um sonho: ler seu primeiro livro - ou parte dele, que seja!

Mas não é um livro qualquer. As três mulheres, cada qual com sua história de vida e que se conheceram ali mesmo, não veem a hora de, finalmente, aprender a ler e a escrever. E, dominando ao menos as habilidades iniciais da leitura, estarão aptas para ler... a Bíblia! Querem buscar lá, e de certo modo certificarem com os próprios olhos aquilo que o coração já sabe, as passagens evangélicas e as palavras que tanto mexem com cada uma delas, ajudando a robustecer sua fé.

Dona Joanice Gomes de Oliveira, 62 anos, se contentaria se pudesse, ao menos, ler um salmo inteiro até o fim. Ela até já decorou algumas passagens da Bíblia. Mas agora que conseguiu, afinal, realizar o desejo de entrar pra escola, ela quer mais. Ela já foi de tudo na vida: cozinheira, faxineira, lavadeira, servente... Deu um duro danado para criar os cinco filhos, dois dos quais adotivos. Mas tempo mesmo para estudar, isso ela nunca teve.

No Alto Vera Cruz, bairro pobre de Belo Horizonte, essa é a história de muita gente. Dona Maria das Graças da Silva, 64 anos e mãe de 19 filhos, dez dos quais ainda vivos, tem uma mais prosaica. Não podia ir à escola em Jequeri, na Zona da Mata, pois lá, segundo o pai, certamente se assanharia atrás de arrumar namorado... Acabou analfabeta.

- Quê o quê de ter tempo pros cadernos... Precisava mesmo era de botar comida na boca dos meninos, isso sim!

O problema, ela só muito tempo mais tarde descobriria, é que uma pessoa sem leitura não conseguiria ir muito longe:

- É a pior coisa que existe. Não podia andar sozinha, não sabia o preço de nada, não conseguia pegar um ônibus... O mundo era feito de códigos e eu não conseguia decifrar nada disso.

A vizinha, Dona Maria Augusta Souza, 79 anos, é quem dá a letra:

- Analfabeto até acha emprego... Mas é sempre de faxineira, lavadeira, servente de pedreiro. Passa humilhação e ganha pouco. Tá tudo praticamente fechado para quem não lê...

A Bíblia, das diversas religiões cristãs, é a porta de entrada para o mundo da leitura para boa parte dos brasileiros. É o livro mais lido, mais relido e o que mais mexeu com a vida das pessoas país afora. Mesmo entre aqueles que se declaram não leitores (e o país tem 77 milhões deles!), um em cada dez, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, dá pelo menos uma espiada, de vez em quando, no livro sagrado.

Muitos só lerão, até o fim de seus dias, alguns poucos versículos, toda noite, na hora de dormir, e às vezes pela manhã, ao acordar. Melhor que nada. Outros irão descobrir mais alguns livros, uns religiosos e outros nem tanto. E há, ainda, aqueles, talvez uma minoria, que se tornarão grandes leitores para todo o sempre.

Mas o caso é que uns e outros experimentarão certas mudanças em sua vida. Em certos casos, da água pro vinho. E tudo graças a um simples pedaço de papel, sobre o qual seguem impressos certos sinais tipográficos que, no caso de gente como dona Maria das Graças, dona Maria Augusta e dona Joanice, até bem pouco tempo antes, não passavam de meros enigmas, sem significado algum.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Noite de Autógrafos divulga autobiografias

Cerca de 200 alunos concederam uma “Noite de Autógrafos” no Auditório Arlete Afonso para os pais, amigos, professores e direção escolar.

Por Charlise Alves

A noite de sábado, 29 de outubro foi repleta de expectativa para os alunos, orgulho para os pais e satisfação para os professores. Tudo isso, expressa a realização do projeto “Livro da Vida”, que tornou os estudantes dos 6º e 7º anos em autores da biografia da sua própria história.

Cerca de 200 alunos concederam uma “Noite de Autógrafos” no Auditório Arlete Afonso para os pais, amigos, professores e direção escolar. Esse projeto surgiu através da professora de história, Rosimeire Costa e contou com outras colaboradoras. De acordo com a professora Ervely França ”a importância de incentivar esse tipo de atividade é desenvolver o gosto e a capacidade pela leitura e escrita”.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Incentivo à leitura

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